De acordo com a delegada os pais irão responder por homicídio duplamente qualificado pelo emprego de tortura e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Um casal foi preso pela Delegacia da Mulher, depois que o filho deles, de 1 ano e 9 meses, morreu e vítima de maus-tratos em Cáceres. Segundo a polícia, a criança já chegou morta a UPA 24h.
A delegada responsável pelo caso, Judá Maali, disse que os pais da criança foram presos em flagrante no fim da tarde de terça-feira (23), por privá-la dos cuidados indispensáveis de saúde.
Em entrevista ao CÁCERES NOTÍCIAS, a delegada relatou que a criança havia dado entrada na unidade de saúde já sem vida e apresentava lesões pelo corpo.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada após a médica notar que o corpo da criança apresentar diversos hematomas e lesões, entre elas uma lesão na região anal.
A mãe contou aos policiais que a criança caiu de uma mureta e bateu com a cabeça no chão, tudo teria ocorrido por volta das 18h do dia anterior, em uma propriedade rural na região do Taquaral em Cáceres.
Em virtude da queda, os pais deram um banho nele e o acalmaram, porém ela se queixava de dores pelo corpo.
Na manhã de hoje, ao acordar, notaram que a criança estava fraca e não respondia aos chamados dos pais. Por isso resolveram acionar um amigo para poder levar ela e a criança até a UPA 24h.
A criança já chegou desacordada na Unidade de Pronto Atendimento e segundo a médica em parada cardiorrespiratória.
Os policiais militares resolveram encaminhar a mãe até o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC), onde foi confeccionado o boletim de ocorrência.
Em depoimentos na delegacia a mãe confessou que o seu convivente, em virtude de a criança estar chorando muito, teria dado uma surra no mesmo e que com isso a criança teve que ser levada ao atendimento médico.
A equipe da DEDM e DEA se deslocou ao sítio onde a família da vítima mora e prendeu o genitor da criança, que responderá pelas agressões ao menor.
De acordo com a delegada os pais irão responder por homicídio duplamente qualificado pelo emprego de tortura e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima, o que causa de aumento de pena em 1/3 pelo fato da vítima ser menor de 14 anos e exames preliminares apontam ocorrência de abuso sexual com a criança.